A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e representantes do Ministério da Saúde (MS) dialogam com municípios sergipanos sobre os indicadores de qualidade da vigilância epidemiológica das doenças exantemáticas, tendo como foco central o sarampo. 

A reunião que aconteceu no auditório da SES teve como objetivo principal fortalecer as ações de vigilância no estado em relação ao sarampo. Os representantes do Ministério da Saúde que conduziram as ações integram o Grupo Técnico das Doenças Exantemáticas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), no Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT). 

De acordo com os técnicos enviados ao estado, Sergipe compõe a lista das 27 unidades federativas que devem ser visitadas com o mesmo propósito, relatam que atualmente no país, seis estados possuem casos confirmados de sarampo e no território sergipano existem alguns casos suspeitos, por isso, foi priorizado com atividades de avaliação e formação. 

A programação inclui momentos com os órgãos que integram a rede de vigilância epidemiológica do estado, tais como a vigilância epidemiológica estadual, imunização, atenção primária e atenção especializada à saúde, lacen, Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Cievs, além dos representantes de algumas cidades sergipanas. Os municípios que apresentaram casos notificados de sarampo no período entre 2018 e 2021, foram convidados a participarem da reunião,  31 deles compareceram ao chamamento.

“Pela manhã tivemos a discussão com nossos técnicos, pela tarde a conversa foi com os municípios que nos últimos dois anos tivemos casos do sarampo e também com as equipes dos núcleos de vigilância epidemiológica hospitalar. E por que é fundamental falar com esse público? Porque os hospitais são os principais pontos onde as pessoas procuram a primeira assistência, então, houve uma sensibilização sobre a importância da notificação oportuna do sarampo. A gente orienta que frente a casos suspeitos da doença, sejam feitos imediatamente os exames necessários, a vacinação de bloqueio realizada o mais rápido e a notificação efetuada com celeridade para que não haja um surto na localidade e, consequentemente, no nosso estado”, ressaltou Marco Aurélio Góes, diretor de Vigilância e Saúde da SES. 

Laécia Rocha, referência técnica das doenças exantemáticas e imunopreviníveis da SES vê como um fortalecimento e um apoio aos municípios a presença da equipe do Ministério da Saúde. “Ésse encontro está sendo de grande relevância para que pensemos as ações que visam a eliminação total do vírus que causa o sarampo em Sergipe e no Brasil. Com a chegada da covid, esses outros agravos não deixaram de existir, muitos casos acabaram subnotificados, então, agora precisamos retomar o olhar para essa situação e enfrentá-la com urgência”, enfatiza.

Para Marco Aurélio, é possível que o Brasil erradique mais uma vez o sarampo e ganhe, novamente, o certificado concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) de país livre da doença, como ocorreu em 2016. “O sarampo, desde 2018, voltou ao país e, nesses quatro anos, o Brasil ainda não conseguiu eliminar totalmente o sarampo. O Brasil já tinha já tinha conseguido eliminar o sarampo com altas coberturas vacinais, porém, observamos que na última década, essas coberturas caíram.

Diante da migração da população de outros países, principalmente, da Venezuela, onde aconteceu um surto da doença, começou a haver a disseminação em território nacional. Foram identificados vários surtos em todo o país, por isso, temos uma preocupação em retornar a uma alta cobertura vacinal que proteja efetivamente a população. O sarampo é uma doença potencialmente grave que pode levar ao óbito, é altamente transmissível quando não se tem uma população vacinada, reitera o diretor de Vigilância e Saúde da SES. 

Foto: Flávia Pacheco

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