Mais um dia de novos conhecimentos e discussões. Foi dessa forma que a Semana de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse), foi finalizada. O primeiro tema a ser abordado foi sobre a assistência fisioterapêutica humanizada e o segundo foi sobre a terapia ocupacional em contextos hospitalares: conquistas e desafios, ministrada pela vice-presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Andrezza Duque.

“Conversamos sobre a inserção do terapeuta ocupacional nesse contexto hospitalar e quais foram as conquistas e desafios que a gente teve ao longo desses anos. A gente precisa muitas vezes parar para pensar e refletir que temos muitas conquistas enquanto categoria profissional e isso foi demonstrado nesse período de pandemia. Mas a gente tem muitos desafios porque precisamos aumentar a quantidade de profissionais nesses espaços, precisamos de reconhecimento, pensar como a gente pode mostrar para a população os resultados que a terapia ocupacional tem com esses pacientes que estão nos serviços hospitalares”, enfatizou Andrezza Duque.

Para a terapeuta ocupacional da Oncologia do Huse, Márcia Larissa Ferreira, um momento importante para as duas categorias. “Somos uma categoria que tem poucos profissionais e muitas vezes o nosso trabalho não é conhecido, então esse evento traz esse reconhecimento para a equipe, para os outros colegas de trabalho. Esse é um momento de troca de conhecimento profissional e multiprofissional. Nós temos muitos desafios, mas estamos conquistando, recentemente tivemos uma lista de chamada do Processo Seletivo Simplificado de 14 profissionais terapeutas ocupacionais e isso é um reconhecimento do espaço e da necessidade do profissional”, pontuou.

O superintendente do Huse, Walter Pinheiro, prestigiou o evento e agradeceu a oportunidade dos profissionais desenvolverem uma semana com temas relevantes para as categorias. “Isso mostra que o processo de trabalho da fisioterapia e terapia ocupacional, da profissão como um todo vem de uma crescente, vem fomentando sempre essa preocupação com a melhoria dos processos de trabalho, com o ensino, com a divulgação profissional dessa disciplina tão importante que faz parte tanto da terapêutica como do processo da recuperação desses pacientes. Nós enquanto gestão temos total interesse em fortalecer essas ações, de dá as melhores condições para que todo esse processo seja facilitado da melhor forma”, destacou.

A fisioterapeuta e diretora executiva da Assobrafir/SE, Géssica Uruga, participou de uma mesa redonda e destacou a atuação do fisioterapeuta na terapia intensiva, das novas regulamentações da profissão. “Quando a gente estava na graduação, tínhamos disciplinas de ética, legislação, de gestão e a minha experiência é que a gente não deu a devida atenção no que precisávamos para essas questões. Na minha atividade profissional, tanto quanto fisioterapeuta da assistência quanto nas outras atribuições a gente precisa muito conhecer e saber, pelo menos o básico dessas legislações, onde buscar pra gente pleitear os nossos espaços e condições de trabalho”, disse.

O diretor secretário do CREFITO 17, Lucas Rêgo, também participou da mesa redonda e destacou as atualizações do código de ética profissional. “A mesa redonda foi sobre a ética na divulgação profissional, como um profissional pode divulgar o seu serviço mantendo a ética que é tão necessária para o fortalecimento da profissão. Em todos os lugares existe a falta de ética, mas especificamente na fisioterapia e na terapia ocupacional a gente vê coisas na internet, é lógico que essas pessoas devem ser orientadas, mas nosso objetivo é educar o profissional para que cada vez mais ele zele pela sua profissão”, esclareceu.

A fisioterapeuta e gerente da central de equipamentos do Huse, Isabel Cordeiro, ressaltou que o fisioterapeuta é um profissional que está engatinhando no sentido de reconhecimento profissional. “É uma profissão nova comparada às outras da área de saúde, mas que teve muita notoriedade agora na pandemia e que ainda tem muito a ser reconhecida. Eu acredito que sirva como um reconhecimento, como um aplauso ao trabalho exercido no hospital diante de toda pandemia, o brilhante trabalho de fisioterapia esteve atuante desde o Pronto Socorro e todas as áreas do hospital, evitando muitas intubações, colaborando para a melhoria do paciente. Tivemos muitos casos de sucesso no hospital graças a nossa equipe de fisioterapia e da equipe multidisciplinar”, declarou.

Já a Referência Técnica das UTIs do Huse, Ana Alice Soares, finalizou destacando a importância da integração dos profissionais durante os encontros. “Foi uma semana muito produtiva e serviu para mostrar a valorização dos profissionais do hospital. Eu acredito que todas as atualizações que a gente pode passar com relação a ética profissional, trazendo o pessoal do conselho para que os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais tenham mais contato das associações, eu acredito que trazer uma atualização tem sua importância até para que eles se sintam importantes também para o serviço”, finalizou.  

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