Nesta quinta-feira, 06, o transplante renal voltou a ser realizado no Estado, após 10 anos desde o último procedimento. A cirurgia, envolvendo uma doadora viva, aconteceu pela manhã no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), em Aracaju. O paciente, Luiz de Gonzaga, 55 anos, residente em São Cristóvão, recebeu da esposa, Josiene da Fé Hora, o rim direito com 100% de compatibilidade.

Para a Secretária de Estado da Saúde, o transplante é um grande passo para a Saúde pública e chega como o início da transformação na vida de muitos pacientes que estão na fila de espera da doação de órgãos e tecidos. “Hoje temos a concretização de um estudo, de um trabalho que desde quando eu assumi temos lutado para efetivar. Esse foi o primeiro movimento que fiz quando assumi a gestão, ainda na pandemia, a habilitação deste hospital para a realização dos transplantes. A gente colocou isso como plano de governo, plano da Secretaria de Estado da Saúde e hoje estamos com o coração aquecido por esse feito. O contrato prevê implantes mensais, de doador vivo 1 a cada mês e uma de doador não-vivo a cada 6 meses. Para isso, claro, vamos conquistar o aporte financeiro necessário para que tudo transcorra como deve ser. Até dezembro queremos avançar muito mais. Esse é um novo ciclo para a saúde pública, o início de um novo momento que iremos viver”, afirma a gestora da SES.

As duas cirurgias estão dentro do Programa de tutoria que deve realizar, junto com a equipe do Hospital Albert Einstein/SP, o total de 5 transplantes renais. O objetivo é garantir a excelência dos procedimentos para que os profissionais do HU-UFS possam dar prosseguimento aos transplantes. Isso será possível após a certificação que a unidade hospitalar receberá com a conclusão da tutoria. “Queremos dar um passo seguinte e, em breve, começarmos a oportunizar o transplante de doador falecido. Nossa meta é fazer isso de forma célere e que possamos ter resultados exitosos”,  destacou o Superintendente do HU-UFS, Dalmo Correia Filho.

O segundo transplante renal, também envolvendo doadora viva, está programado para  acontecer amanhã, 07, no HU-UFS. Desta vez, para melhorar a qualidade de vida de um paciente de 59 anos, aposentado, morador da capital, submetido a diálise peritoneal, procedimento indicado para pacientes que apresentam quadros de insuficiência renal aguda ou crônica. O paciente também receberá da cônjuge a doação.

Em Sergipe são, aproximadamente, 1500 pessoas fazendo alguma modalidade de diálise, o preconizado é 50% estejam inscritos em lista para transplante e uma média de 700 pessoas esperando transplante renal. No momento, o estado de Sergipe está em negociação com o Ministério da Saúde para que o Hospital de Cirurgia possa em breve estar realizando transplante de fígado.

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