Algumas anomalias podem ser evitadas com medidas de prevenção como vacinação e cuidados pré-natais adequado

A Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou nesta quarta-feira, 26, uma oficina para qualificar profissionais da área da saúde a respeito do diagnóstico e notificação de casos de anomalias congênitas em Sergipe.

A oficina de capacitação foi criada em 2022 e está circulando em todos os estados do Brasil em decorrência do grande número de notificações de anomalias em crianças, sendo 23% causas de óbitos em crianças menores de 1 ano. Algumas anomalias podem ser evitadas com medidas simples de prevenção como vacinação, suplementação alimentar e cuidados pré-natais adequados. 

O consultor técnico do Ministério da Saúde João Matheus Bremm explicou que a oficina visa capacitar o profissional da saúde quanto ao diagnóstico e notificação de anomalias congênitas. “A partir da qualificação profissional e das políticas públicas específicas, temos o intuito de reduzir as notificações de morbidade e mortalidade das anomalias congênitas no país”, relatou.

O médico geneticista Emerson Santana, que é professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), abordou em sua palestra a importância de mulheres gestantes realizarem exames e pré-natal no tempo correto, para que possíveis sinais de anomalias sejam detectados, tratados e notificados o quanto antes pelos profissionais da saúde e, assim, evitar o óbito da criança.

Anomalias Congênitas em Sergipe

A referência técnica de Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Fernanda Gallotti, contou que o público-alvo da oficina foram profissionais da medicina e da enfermagem envolvidos no pré-natal, parto e puericultura. “A oficina faz parte de um conjunto de ações do Ministério da Saúde que acontecem aqui em Sergipe e que incluem visita técnica às maternidades Nossa Senhora de Lourdes e Santa Isabel, além de reuniões para apresentação de dados acerca de casos de crianças diagnosticadas com anomalias congênitas, bem como a discussão de estratégias que buscam diminuir a incidência desses casos”, explicou Fernanda.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), menos de 1% de casos de anomalias congênitas no estado são notificados por ano, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que seja de 3 a 5% de notificações em nascidos vivos, ou seja, há uma subnotificação. Polidactilia, Deformidades Congênitas do Pé, Hipospadia, Fenda Palatina e Síndrome de Down são as anomalias congênitas que lideram o ranking dos casos notificados em Sergipe na última década.

Fotos: Flávia Pacheco

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