O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado nesta segunda-feira,10. A data foi instituída pela Federação Mundial de Saúde Mental, com o objetivo de alertar para os cuidados necessários à manutenção da saúde mental. Uma das orientações essenciais para as pessoas que estão em sofrimento psíquico é procurar um serviço de saúde. Em Sergipe, a Rede de Saúde Mental disponibiliza serviços de saúde que contam com atendimento multidisciplinar.

É disponibilizado aos usuários acompanhamento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, a Referência Técnica de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Carlos Galberto, explicou que o usuário do Sistema Único de Saúde  (SUS) também pode ter acesso, em caso de necessidade de  urgência de saúde mental, ao Hospital São José. A unidade é referência para todo o estado. O profissional ainda orientou sobre os procedimentos a serem realizados em caso de alteração  da saúde mental.

“A orientação  que estamos fazendo e que também segue as orientações do Ministério da Saúde, é que o indivíduo quando apresentar qualquer alteração  de saúde mental, procure a  Unidade Básica de Saúde do bairro em que reside. Desse modo, a equipe da Atenção Primária à Saúde vai avaliar o caso, se for de sua  competência, irá atender, se não for de competência,  os profissionais irão fazer o encaminhamento para a unidade de saúde adequada,  que eventualmente pode ser um dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), pode ser a urgência de Saúde Mental ou a urgência dos hospitais regionais. Tudo depende da necessidade do paciente. Se for um paciente que está em franca crise de sofrimento  mental, será necessário ir à um urgência, se for um paciente que está com um quadro mais moderado ou leve, pode ser encaminhado para um Caps para fazer uma avaliação mais específica”, explicou.

A Referência Técnica na Rede de Atenção Psicossocial Especializada da SES, Silvia Ferreira Costa, frisa que a Rede de Saúde Mental Estadual não é única, é composta por todas  as outras redes menores formadas pelos municípios, e cada território tem sua capacidade  de ofertar serviços de saúde  mental para os cidadãos.  

“Isso significa que  como um todo, o município possui a Unidade Básica de Saúde  como primeiro ponto de atenção, e que as pessoas podem procurar. Entretanto, nem todos os municípios possuem CAPS. Para ter CAPS é preciso que o município tenha no mínimo 15 mil habitantes e isso não é a realidade de todos os municípios de Sergipe. Então, a rede de cada município consegue  atender dentro de sua capacidade tecnológica. Não havendo a possibilidade  dentro de seu município de uma especialidade ou em uma necessidade de um CAPS, por exemplo, o município pode atender se tiver um consórcio com outro município ou ele deve procurar um tipo de assistência para dar a  pessoa que estiver com um sofrimento grave (para ser atendido no CAPS é preciso estar com sofrimento em um nível mais elevado)”, disse.

Vale ressaltar que os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são porta aberta, ou seja, o cidadão que sentir a necessidade do atendimento pode procurar o serviço e os profissionais irão  analisar o caso do paciente para definir  se o cidadão será acolhido ou encaminhado para outro equipamento.

Para além dos serviços, a Secretaria de Estado da Saúde conta com um grande parceiro, o  Centro de Valorização da Vida (CVV). A associação realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone (188), e-mail e chat 24 horas todos os dias.
Foto: Flávia Pacheco

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