A fim de orientar e capacitar os municípios sobre o serviço de informações da Atenção Primária à Saúde (APS)/SUS que os trabalhadores e profissionais da saúde administram, de forma a aprimorar o serviço, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria coma Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, promoveu, nesta quinta-feira, 03, uma tele-educação com abordagem sobre Registro no e-SUS e relatório operacional de Risco Cardiovascular.

Na oportunidade, a enfermeira, especialista em Saúde da Família e referência técnica do e-SUS na SES, Safira Rios S. Cruz, explanou sobre o funcionamento do registro e-SUS e destacou a importância de registrar toda a assistência prestada, para que as situações sejam identificadas. “Esse registro serve para que a Atenção Primária tenha conhecimento dos casos e qualifique a assistência. Dessa forma é possível analisar relatórios, acompanhar as situações, organizar as demandas, etc. Em todo procedimento fazemos um cadastro, que é a forma de identificar quem operou, quem está usando o serviço, quais os nossos usuários, o nosso território, para que possamos identificar as necessidades e a gente consiga avançar nesse trabalho”.

De acordo com a assistente social, sanitarista, especialista em Gestão Pública e referência técnica de Promoção e Prevenção de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Melitus, Pauliana dos Santos, as informações precisam ser difundidas para otimizar o serviço e evite um retrabalho. Pauliana explanou sobre hipertensão e diabetes, cuidado integral preconizado pelo Ministério da Saúde e que o estado defende. “Temos ações de educação e saúde, educação permanente voltadas para essa temática. Mas, para além disso, precisamos registrar essas informações de forma qualificada e oportuna. A mobilização de hoje foi nesse sentido: trazemos a referência técnica do e-SUS, que é a Safira Rios, para fazermos essa interface entre as ações que realizamos, do cuidado integral, e o registro no sistema”, explicou e referência técnica.

Pauliana ressaltou que o objetivo é fazer um mapeamento do território (município) e, em cima dessas informações, captar via PEC (Prontuário Eletrônico do Cidadão), via CDS (Coleta de Dados Simplificado), ou sistema próprio. “Todas essas informações irão para uma base do Ministério da Saúde, chamada Estratégia E-SUS, e essas informações serão processadas, enviadas para o SISAB (Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica) e a partir daí vem a contrapartida: financiar todas essas ações. Então, uma vez que o município realiza o cuidado –  o mais importante de todo o processo – , mas ele não registra de forma correta e no tempo oportuno, sem o uso das ferramentas que esses sistemas oferecem, ele deixa de receber por essas ações”.

O Ministério da Saúde só vai captar o que o município informou, segundo afirmou Pauliana, pois, se não há informação alguma, não tem como fazer financiamento. “Desde 2019, o Ministério da Saúde vem postergando determinadas ações de financiamento. Agora, a partir de 2022, em especial para o desempenho de APS, o Ministério fez algumas modificações e, a partir dessa, a gente precisou ter esse momento com os municípios para falar desses assuntos e reforçar a importância desse registro, através dos sistemas que eles têm acesso. A ideia é transformar isso tudo em informação e, com  informação, atrair recursos e financiamentos para ações que os municípios desenvolvem”, disse.

A ação contou com mediação da enfermeira, fisioterapeuta pós-graduada em Fisioterapia Dermatofuncional; em Gestão em Saúde; e gerente de Doenças Crônicas e Promoção à Saúde da SES.

Assuntos abordados

Assuntos abordados foram: Estratégia e-SUS APS; Cadastro na APS e importância do cadastro do cidadão no território; Cadastro Domiciliar e Territorial – CDS; Cadastro Individual – CDS; Cadastro do Cidadão – PEC; Atendimento – PEC; Atendimento – CDS; Atendimento Hipertensão – CDS; Atendimento DM – CDS; Procedimento – CDS; Prontuário – Folha de Rosto; e Relatórios. Também foram abordadas temáticas como: Estratégia de Saúde Cardiovascular (legislação); Programa Previne Brasil; e-SUS e o Relatório de Risco Cardiovascular; e Orientações para o acompanhamento ao paciente com HAS e DM na APS.

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