A Secretaria de Estado da Saúde (SES) aguarda o envio das doses de vacinas contra a Covid-19, pelo Ministério da Saúde (MS), para dar início ao processo de imunização de crianças de 5 a 11 anos no estado. Na tarde da quarta-feira, 05, o MS anunciou a inclusão deste grupo no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
De acordo com o Ministério, as doses chegam ao país a partir do dia 13 de janeiro. Ainda em dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a utilização da vacina Pfizer, para crianças de 5 a 11 anos. O intervalo entre a primeira e segunda dose será de oito semanas. As vacinas embora sejam do mesmo tipo das utilizadas em adultos, no caso das crianças, terá algumas particularidades, como uma rotulagem diferente, contendo uma dosagem menor, explica a enfermeira de imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Ana Lira.
“Essas crianças de 5 a 11 anos serão vacinadas com a Pfizer, mas não é a mesma vacina que é aplicada no adulto, pois apresenta dosagem diferente, sendo assim, precisa ser importada novamente. Os fracos que temos não vão ser utilizados na criança, no caso, serão outros com dosagens diferentes, específicas para esse público. O ministério vai receber as doses, essa vacina passa pelo Instituto de Controle de Qualidade, este instituto faz a avaliação se os lotes estão dentro do recomendado para serem entregues aos estados. A partir do momento que as doses chegarem a Sergipe, queremos fazer a entrega que vínhamos fazendo em outras fases, em até 24 horas, para os 75 municípios”, disse.
Vacinação gradativa
Conforme o anúncio do Ministério da Saúde, o Brasil fez a aquisição de mais de 20 milhões de doses de imunizantes para as crianças. Até a próxima semana, chegam mais de um milhão de doses, que serão distribuídas entre os estados. A partir desse quantitativo informado e determinado pelo MS, Sergipe dividirá as doses recebidas entre os municípios. Além disso, essa informação sobre o quantitativo também determinará se a vacina ocorrerá por faixa-etária ou primeiro em crianças com comorbidades e deficiências permanentes graves.
“Depende muito do que vamos receber, do quantitativo. Nesse primeiro momento. Dependendo do volume que for delegado para Sergipe, é que vamos fazer esse norteamento dessa quantidade por municípios. Dependendo dessa quantidade podemos trabalhar grupos por faixa-etária, vai reduzindo a faixa etária gradativamente como fizemos na população adulta, ou a depender, se for uma pequena quantidade, também podemos trabalhar com grupos que tenham comorbidades e deficiências permanentes graves. Mas já estamos com as duas planilhas prontas, explica Ana Lira.
Prescrição médica
A SES em reunião extraordinária realizada no dia 28 de dezembro com o Colegiado Intergertores Estaduais (CIE), definiu não aderir o uso da prescrição para a vacinação de crianças de 05 a 11 anos. Assim, qualquer criança que chegar à Unidade Básica de Saúde acompanhada do responsável, pode ser vacinada.
Já foi relatado pela Organização Mundial da Saúde que a Covid-19 está entre as 10 doenças que mais matam crianças. Tendo em vista isso, a enfermeira de imunização reforça que nenhuma barreira deve ser criada para a vacinação desse público.
“Entendemos que nenhuma barreira deve ser criada para a gente proteger essas crianças. Por isso, Sergipe pactuou com todos os gestores municipais que não vamos ter essa obrigatoriedade da prescrição médica para tomar a vacina. Aquela criança que vai chegar com pai, mãe ou responsável na unidade de saúde será vacinada . Nenhuma barreira será colocada no Estado de Sergipe. A gente entende que todas as crianças precisam ser vacinadas. Precisamos evitar a morbimortalidade dessas crianças, são crianças que agora vão voltar às escolas, vão voltar às aulas, circular, então entendemos que é necessário sim a vacinação, é muito importante. Uma vez que a Anvisa liberou, essa vacina é segura e eficaz para essa faixa-etária”, finalizou Ana Lira.
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