Municípios são capacitados sobre notificação de Síndromes Gripais

Diante do aumento de casos de síndromes gripais em Sergipe, com o surto Influenza e pandemia da covid-19, a Saúde Estadual trabalha com ações para educar a população e orientar os profissionais de saúde acerca do cenário epidemiológico e como atuar no enfrentamento. Nesse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde, através do Telessaúde Sergipe (Funesa), realizou, nesta quinta-feira, 20, uma capacitação sobre Notificações das Síndromes Gripais, voltada a profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) de todo o estado. A ação contou com a participação de trabalhadores da saúde de 58 municípios sergipanos.

Ministrada pela coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da SES, com experiência na área de Saúde Coletiva – ênfase em Epidemiologia, a odontóloga Daniela C. Pizzi Teixeira, a webpalestra teve como tema “Notificações de Síndromes Gripais em Tempos de Pandemia da Covid-19”. A temática abordou os seguintes assuntos: Uso da plataforma; como realizar notificação (o que, quem e onde) e preenchimento de formulário; atualizar, editar e encerrar a notificação; monitoramento de contatos; quarentena de contatos; recomendações para isolamento em pacientes com síndrome gripal (SG) por covid-19, Influenza ou SG não identificada; e o Plano de Expansão de Testagem para Covid-19, que envolve objetivos, estratégias, distribuição de testes, controle de estoque e registro de casos.

De acordo com a Daniela Teixeira, a Atenção Primária é o primeiro contato dos profissionais com os casos de síndrome gripal, pois é através da notificação que a Vigilância em Saúde – geralmente epidemiológica – enxerga o que acontece através dos sistemas oficiais. “A Vigilância trabalha com a coleta de dados e gera as informações que vão acarretar as tomadas de decisões, as políticas de saúde. Entendemos que ainda precisamos trabalhar a oportunidade da notificação, já que a notificação é obrigatória e deve ser realizada por todo profissional de saúde. O que se percebe é que ainda há subnotificação e notificação em atraso, que é aquela registrada fora do período oportuno. Além disso, tem ocorrido, em alguns casos, a falta de encerramento da notificação, quando os profissionais não retomam a notificação para colocar o resultado, completar a ficha e encerrar o caso”, explicou.

A coordenadora estadual da Atenção primária à Saúde, Fernanda Barreto, informou que essa capacitação é uma das ações lideradas pela Diretoria de Atenção Primária à Saúde (DAPS/SES), em apoio aos municípios, para enfrentamento do surto de Influenza e pandemia da Covid-19. “Nosso público-alvo foram as coordenações municipais de Atenção Primária e coordenações de Vigilância Epidemiológica, bem como os profissionais de saúde dos municípios, a fim de instruí-los no registro adequado sobre as SG. Esse é um momento que foi pensado para sanar dúvidas e fazer esclarecimentos. O objetivo é conseguir, cada vez mais, enfrentar esse momento da melhor forma possível”.

Para a referência técnica da Atenção Primária/SES, Iane Brito, a principal necessidade que levou a APS a realizar essa capacitação foi oferecer suporte aos profissionais de saúde sobre o encerramento de casos suspeitos de covid-19 (coronavírus) ou uma síndrome gripal. “Para orientar as ações, é essencial o fechamento do caso. Precisamos saber se determinado caso é covid ou não, se é Influenza ou não. Esperamos que, após essa capacitação, os profissionais realizem o fechamento desses casos de forma apropriada. A gente sabe que pode haver alguma subnotificação, mas essa instrução vem justamente para apoiar todos os profissionais de saúde dos municípios, especialmente da Atenção Primária”, ressaltou.

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