Outubro Rosa: Diagnóstico precoce do câncer de mama e desafios no cuidado com a saúde são temas do I Webinário da Saúde da Mulher

O diagnóstico precoce do câncer de mama faz toda a diferença no tratamento. Diante dessa constatação, a campanha de 2021 do Outubro Rosa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) tem como focos principais: a prevenção primária – ações para reduzir os fatores de risco – e a detecção precoce. Seguindo essa premissa, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), realizou o I Webinário da Saúde da Mulher, que promoveu discussão acerca dos “Desafios do Cuidado com a Saúde”, voltada a Equipes de Saúde da Família. A ação educacional aconteceu nesta terça, 26, e teve foco na importância de cuidar da saúde de maneira integral durante o ano inteiro.
Na oportunidade, a chefe da Divisão de Vigilância e Análise de Situação do INCA/MS, Marianna de Camargo Cancela, ministrou apresentação sobre “A Epidemiologia do Câncer de Mama no Brasil e em Sergipe”; e a referência técnica do webinário, a enfermeira e gerente do Ciclos de Vidas da Coordenação de Atenção Primária à Saúde – CEAPS/DAPS da SES, Kátia Valença, abordou a temática “Saúde é cuidado pra todo dia”.
De acordo com a referência técnica, a ação teve como objetivo realizar um diálogo sobre o impacto do câncer em relação à morbidade e mortalidade, além de discutir sobre as estimativas de novos casos, que impactam nos custos dos SUS, mas principalmente na vida das pessoas, de quem é diagnosticada e da família. “Uma pessoa que adoece de câncer, não adoece sozinha. Então é necessário dialogar sobre a importância do diagnóstico precoce, da prevenção, para que a gente faça detecções, pois o câncer pode ter grandes chances de cura, desde que o tratamento ocorra de forma precoce”, explicou Kátia Valença.
Kátia afirmou que, além de abordar sobre prevenção, a ação também discutiu a promoção da saúde, na perspectiva de uma vida saudável, em relação a questões da não exposição a fatores de risco, como consumo de bebida alcoólica, excesso de peso, ausência de atividade física e o não aleitamento materno, que são algumas das principais causas que geram impacto na saúde da mulher, dentre eles o câncer de mama. “Todas as evidências científicas que trabalhamos, as faixas etárias, os parâmetros, a nossa referência é o INCA. Estamos com foco no câncer de mama, porque estamos em outubro, mês de visibilidade, mas queremos chamar atenção para a importância de que organizações governamentais e não governamentais se unirem para enfatizar a temática, mas reforçando a importância do cuidado com a saúde o ano inteiro”. 
Para o diretor de Atenção Primária à Saúde da SES, João Paulo Brito, o câncer de mama pode ser  uma pauta mobilizadora, onde podemos pautar mais elementos para a discussão da saúde da mulher. Neste webinário, podemos explorar um conjunto de discussões, onde seja possível colocar a mulher em um caráter específico na relação de cuidado. “Esse webinário buscou explorar bastante a questão do autocuidado, sobre o poder que a mulher tem de compreender o seu processo de saúde e doença, e que ela possa participar, junto com a equipe de saúde, da construção da conduta”, disse.
 Também estiveram presentes no evento outros profissionais da saúde estadual: a enfermeira e coordenadora estadual de Atenção primária à Saúde, Fernanda Barreto; o nutricionista e referência técnica de Alimentação e Nutrição da CEAPS/DAPS/SES; a enfermeira e gerente de Crônicas CEAPS/DAPS/SES, Lia Marina Silva Almeida; a enfermeira obstetra, doutora em Ciências da Saúde e gerente assistencial do CAISM, Záira Moura da Paixão Freitas; e a psicóloga, doutora em Ciências da Saúde e mestre em Saúde e Ambiente, Mônica Silva Silveira.

Dados

Conforme dados do INCA, o câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada (que mede os riscos em termos percentuais) por idade, pela população mundial (2019), de 14,23 por 100 mil habitantes. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do país.
 As ações de controle do câncer de mama devem ser monitoradas e avaliadas de forma contínua, a fim de se identificar os avanços e também as dificuldades e limites a serem superados na organização da linha de cuidado dessa neoplasia. Diversos sistemas de informação do Sistema Único de Saúde (SUS) e pesquisas de âmbito nacional podem contribuir com dados úteis nesse processo.
O INCA apresenta dados atuais, em perspectiva histórica, oriundos de vários sistemas de informação, como o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), o Sistema de Informação do Câncer (Siscan) e de inquéritos nacionais como o Vigitel Brasil e a Pesquisa Nacional de Saúde.

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