Devido ao aumento de casos de arboviroses – Dengue, Chikungunya e Zika Vírus – em todo o país e em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), realizou, nesta segunda-feira, 02, uma webpalestra sobre “Atualização do Protocolo Clínico das Arboviroses”, voltada a médicos(as) e enfermeiros(as) das unidades de Atenção Primária à Saúde (APS), hospitais e coordenadores municipais de Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária. Ministrada pelo diretor de Vigilância em Vigilância Epidemiológica da SES e médico infectologista, Marco Aurélio Góes, a ação teve foco na conduta ao atendimento desses casos, para identificar fatores de risco para agravamento.
As arboviroses são transmitidas pelo Aedes aegypti. De acordo com Marco Aurélio, a dengue é uma doença que, se não for adequadamente identificada e os sinais de alarme não forem percebidos pela população, pode gerar óbito. Já a chikungunya é uma doença que leva a uma cronicidade. “Há pessoas que têm a forma aguda da doença e depois passam a ter sequelas, como as artralgias. Já o zika vírus, que, apesar de clinicamente se apresentar como a doença mais leve, gera graves complicações quando a pessoa infectada está gestante, pois desenvolve a doença congênita e causada pelo zika vírus, que tem como característica principal a microcefalia”, disse.
O infectologista também explica que a abordagem também provoca uma grande questão: a prescrição adequada dos medicamentos para essas doenças. Na fase aguda, ela deve ter sua prescrição baseada em hidratação e uso de antitérmicos e energéticos. “Um outro ponto importante é a necessidade da notificação de casos. Se alguém tem um caso suspeito, é necessário notificar de imediato, para que as ações de controle também sejam feitas de forma célere, a gente consiga identificar os casos e evitar uma epidemia”.
O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), realiza a sorologia para esses vírus, assim como o do RT-PCR para os cinco primeiros dias de doença. “É importante que os primeiros casos, os casos que surgem nos municípios, sejam imediatamente notificados, e que essas pessoas tenham seus exames coletados. Daí identificamos que tipo de vírus está circulando. No caso da dengue, que sorotipo está circulando”, pontuou.
Conteúdo
Entre os conteúdos abordados na webpalestra, estiveram: conceitos básicos sobre arbovírus; circulação simultânea de arbovírus no Brasil; curva epidêmica nos casos prováveis de dengue, chikungunya e zika vírus por semanas epidemiológicas de início de sintomas (Brasil – 2021 e 2022); Número de casos prováveis com percentual de variação e taxa de incidência (/100 mil hab.) de dengue, chikungunya e zika, até a Semana Epidemiológica 13 (Sergipe – 2021 e 2022); Recomendações para os serviços e profissionais de saúde para melhoria da qualidade da informação sobre as arboviroses; principais questões clínicas detectadas; e principais diferenças.
Também foi abordado sobre cronologia dos sinais e sintomas; fases clínicas e formas de evolução; forma graves da dengue; atendimento de casos suspeitos de dengue; classificação de risco; diagnóstico etiológico; Febre do Chikungunya e espectro clínico; manifestações clínicas; doença subaguda e crônica; RN das mães infectadas; Chikungunya em RN; quadros graves; tratamento; suscetibilidade e imunidade ao vírus Zika; casos sintomáticos; aspectos clínicos; diagnóstico específico; e arbovírus associados com doenças neurológicas.
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