A Rede Estadual de Saúde, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), está participando dos cursos da 2ª Edição do Projeto DGPSUS (Desenvolvimento da Gestão de Programas de Residência e da Preceptoria no SUS), cujo objetivo é desenvolver projetos voltados ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde. A edição é referente ao triênio 2021-2023, desenvolvido no período de fevereiro de 2022 a outubro de 2023. A abertura oficial ocorreu no dia 17 de fevereiro, com a presença da diretora de Atenção Especializada e de Urgência da SES, Maria Lúcia Santos, representando a secretária de Estado da Saúde, Mércia Feitosa, e da diretora geral da Funesa, Lavínia Aragão.
O projeto, que é uma parceria do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa com o Ministério da Saúde, conta com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), está em acordo com as diretrizes do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) e é composto por três cursos: Especialização em Gestão de Programas de Residência em Saúde do SUS (GPRS), Especialização em Educação na Saúde para Preceptores no SUS (PSUS) e Especialização em Qualidade e Segurança do Cuidado em Saúde para Preceptores no SUS (QSUS).
Os cursos serão desenvolvidos em 40 regiões de saúde abrangendo todos os Estados do país e envolvendo 1.200 profissionais de saúde. Na região de Lagarto/Aracaju, nesta edição, o projeto conta com um total de 44 alunos, distribuídos da seguinte forma: 22 no PSUS, 11 no GPRS e 11 no QSUS.
Na última quarta-feira, durante uma fala sobre a realização de mais um ciclo de encontros, que vai de 6 a 9 de abril, a diretora-geral da Funesa, Lavínia Aragão, declarou que os três cursos do Sírio Libanês fortalecem uma agenda voltada para a formação-ação. “Nós, enquanto escola de saúde pública, ficamos muito felizes em ver mais um processo potente de metodologia ativa contribuindo para o fortalecimento da política de Educação Permanente no estado e, consequentemente, a qualificação dos trabalhadores que estão atuando nos mais diversos cenários de práticas no SUS em Sergipe”, declarou.
O diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio, está presente nesta etapa da formação e reiterou a relevância da capacitação para a qualificação do SUS no estado. “A especialização é importante, principalmente, no que diz respeito à educação em saúde e segurança do paciente. O curso trabalha com metodologias ativas, o que faz com que estejamos interagindo o tempo todo, refletindo sobre nossas práticas, ou seja, nos leva a avaliar como estão funcionando nossas residências médicas e multiprofissionais, além disso, podemos pensar a possibilidade de abrir novos cursos, principalmente, com o crescimento da escola do SUS”, salienta Marco Aurélio.
A facilitadora da especialização GPRS, Izabelle Pinto, ressalta que para melhores resultados, é preciso haver uma integração entre todas as etapas formacionais. “São parte do GPRS, representantes das instituições estaduais como a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a Fundação Estadual de Saúde de Sergipe (Funesa), HUSE e instituições de Lagarto como o Hospital Universitário e Secretaria Municipal de Saúde. Com essa rede queremos fortalecer o SUS no tocante às residências em saúde, é bem importante que o projeto seja executado de forma articulada entre os três cursos ofertados, desse modo, conseguiremos potencializar as residências do território em diferentes instituições, tanto nas hospitalares quanto nas redes de atenção à saúde. O GPRS tem o foco no fortalecimento dos programas de residências, já entendemos que Sergipe tem esse desejo, além disso, almeja implantar novos programas de residência”, explica.
A mediadora da Especialização em Preceptoria no Sistema Único de Saúde (PSUS), Juliana de Paula, afirmou que já executou vários projetos em Sergipe e explicou a finalidade de trazer mais um curso com foco na formação de preceptores e de gestores do programa de residências e profissionais do SUS. “Hoje posso dizer que o Sírio-Libanês desenvolveu uma tecnologia muito robusta e interessante no sistema de saúde, ou seja, formar pessoas que formam outras pessoas, o preceptor age como um facilitador do processo de aprendizagem de outro estudante. Em educação a gente nunca tá pronto, sempre precisa de um processo de formação contínuo”, salientou.
Segundo ela, qualquer profissional que está nas unidades de saúde é um preceptor em potencial e precisa aprender a lidar com metodologias que o ajudem a ser um melhor formador. “Uma boa formação vai impactar diretamente nos serviços oferecidos aos usuários na ponta, porque se eu tenho uma pessoa que não é formada adequadamente, quando ela for atuar como profissional, vai ter problemas. Um dos gargalos da saúde é sempre a questão da qualidade, mas se há preceptores preparados, com metodologias educacionais que auxiliam estudantes nas residências e internatos, há como mudar esse percurso”, analisa Juliana Paula.
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