Terminou na tarde dessa quarta-feira (30) a reunião de avaliação das ações e estratégias dos Programas Esquistossomose, Leishmaniose e Raiva. A ação, fruto da parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), aconteceu de maneira remota, através da plataforma Zoom. O objetivo foi apresentar aos coordenadores das vigilâncias epidemiológicas e aos da atenção primária à saúde, além dos médicos veterinários, os protocolos dos referidos programas e avaliar os dados epidemiológicos no estado.
Na oportunidade, a enfermeira, gerente do Núcleo de Endemias da Diretoria de Vigilância em Saúde da SES, Sidney Lourdes, abordou a importância da capacitação contínua e qualificada dos coordenadores de vigilância municipal, agentes de endemias e coordenadores de Atenção Básica, com objetivo de controlar doenças endêmicas como: a raiva, a leishmaniose e a esquistossomose, ditas como negligenciadas. “Nosso objetivo, com a ação de hoje, é apresentar para os antigos e novos gestores protocolos de como devemos trabalhar as doenças endêmicas que são transmitidas por vetores. Isso envolve também conceituar essas doenças e as ações que devem ser desenvolvidas tanto no campo, como no laboratório, além de identificar pacientes suspeitos de algum desses agravos. O objetivo, realmente, é fazer um apanhado de todas essas questões e ressaltar a importância da capacitação para que a gente possa ter um controle melhor dessas doenças”, explicou.
Para a médica veterinária e responsável técnica pelo Programa de Raiva da SES, Ana Paula Barros, reuniões como essa são muito importantes para discutir todo um cenário, nos quais doenças endêmicas estão presentes e definir as melhores estratégias e mecanismos de avaliação e controle, que atendam os critérios do Programa de Controle de Raiva. Segundo ela, estado e municípios precisam estar bem alinhados no combate de doenças tão graves como a Raiva. “A Raiva é uma doença fatal e é muito importante monitorá-la e tê-la sob controle, tanto nos seres humanos, como nos animais. Por isso, é preciso que todos, estado e órgão dos municípios, trabalhem juntos e focados em combater essa doença”, concluiu.
A discussão sobre leishmaniose foi coordenada pela médica veterinária e referência técnica do Programa de Leishmaniose na SES, Rita Castro Teles, que abordou o cenário epidemiológico de Sergipe em relação ao tipo visceral da doença, além de retratar alguns dos desafios para implementar o Programa da Leishmaniose Canina. De acordo com dados coletados entre os anos de 2010 e 2022, setecentos novos casos da doença foram detectados em humanos, indicando uma curva ascendente que merece a devida atenção. “A gente trabalha com indicadores. E um desses indicadores é elaborado a partir do monitoramento do número de casos confirmados e do número de óbitos. Assim, com o devido monitoramento, com o diagnóstico e o tratamento adequado, a gente reduz esses números, para que a gente, pelo menos, possa ter uma situação mais confortável e controlada quanto à leishmaniose”, esclarece.
O tópico sobre a esquistossomose ficou sob os cuidados da técnica responsável pelo Programa de Controle de Esquistossomose da SES, Alda Rodrigues, para quem, o monitoramento efetivo de novos casos e o diagnóstico precoce são peças fundamentais no controle da doença. Segundo ela, a importância da vigilância municipal nas ações de combate e controle da esquistossomose, principalmente nos municípios endêmicos, é primordial para um cenário mais promissor em relação à doença e o controle da sua propagação. “O estado é endêmico e ainda temos um grande percentual de transmissibilidade. O monitoramento é importante para orientar as ações de combate, e a diminuição das condições de propagação da doença de uma área para outra. Fazendo isso, a gente consegue controlar a doença e diminuir a ocorrência de suas formas graves que possam levar a óbito”, explicou a referência técnica.
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