A tuberculose é uma doença bacteriana e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões. A Doença milenar tem tratamento gratuito disponível no Sistema Único de Saúde e cura. Embora esse contexto, muitos pacientes demoram a procurar por atendimento ou abandonam o tratamento antes de obter a recuperação total, agravando a situação. Nesta quinta-feira, 24, é o Dia Mundial de Combate à Tuberculose e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) faz um alerta sobre a importância da prevenção, identificação precoce e cuidados com a doença.
No que se refere aos números de casos novos no Estado de Sergipe, foram notificados em 2019, o total de 1060 casos; em 2020 foram 923 casos e em 2021 foram registrados 959. A referência técnica do programa estadual de controle da tuberculose da SES, Maria Heide Ribeiro Mesquita, explica que esse pequeno decréscimo pode ter relação direta com a pandemia. O medo de pegar à Covid-19 pode ter sido o motivo pelo afastamento de pacientes das Unidades Básicas de Saúde. Impossibilitando o diagnóstico.
O emprego de medidas de controle de infecção faz parte das ações de prevenção da doença. São exemplos: manter ambientes bem ventilados e com entrada de luz solar; proteger a boca com o antebraço ou com um lenço ao tossir e espirrar (higiene da tosse); e evitar aglomerações.
Além disso, a vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada gratuitamente, protege a criança das formas mais graves da doença. Os imunobiológicos estão disponíveis nas salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde e maternidades, nos 75 municípios. Essa vacinação deve ser realizada ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.
Tipos de tuberculose
A tuberculose é classificada em três formas: a forma pulmonar que atinge o pulmão; a forma extrapulmonar, que atinge qualquer outro órgão, exceto pulmão; e a forma pulmonar mais extrapulmonar, quando o indivíduo é afetado pela tuberculose no pulmão ou em outro órgão. Mais de 80% dos casos de tuberculose é da forma pulmonar, onde o principal sintoma é a tosse, que pode ser seca ou produtiva, por isso, para diagnóstico precoce, recomenda-se que todo sintomático respiratório (pessoa com tosse por três semanas ou mais) seja investigado para o agravo.
Além destes sintomas, outros sinais podem estar presentes, tais como febre, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga, dentre outros. O diagnóstico confirmatório é realizado por exames bacteriológicos (baciloscopia e cultura) e Teste Rápido Molecular (TRM), assim como também são utilizados exames auxiliares, como os de imagem, histopatológicos e bioquímicos.
Tratamento e atuação da SES
Maria Heide explica que os casos de tuberculose pulmonar são acompanhados nas Unidades Básicas de Saúde de cada município, desde a identificação dos sintomáticos respiratórios, o diagnóstico da doença, tratamento preconizado, seguimento e encerramento.
Já os casos extrapulmonares, pulmonares com complicações, coinfectados com HIV e os resistentes a medicamentos devem ser acompanhados no Centro de Referência para Tuberculose, em Aracaju. “No centro deve realizar a indicação de tratamento, as consultas mensais e acompanhamento. Porém os municípios não deixam de ter a obrigatoriedade de estar vinculando o paciente à unidade de saúde mais próxima para qualquer intercorrência de menor porte. Vale ressaltar que todos os pacientes devem passar pela UBS mesmo que a indicação depois seja o Centro de Referencia”, disse a referência.
A tuberculose tem cura desde que tratada corretamente. O tratamento dura no mínimo seis meses e é oferecido gratuitamente pelo SUS. A Secretaria de Estado da Saúde tem o papel de coordenar os municípios. Mas os responsáveis por executar as ações como buscativas diagnósticas, tratamento, acompanhamento, exames e prevenção com a vacina BCG são os municípios. A SES monitora e avalia todas essas ações desenvolvidas durante o ano.
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