A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência global no último dia 23 de julho, devido ao surto da varíola dos macacos. Diante da situação de alerta, com casos confirmados no Brasil, e casos suspeitos em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através da Escola de Saúde Pública de Sergipe, por meio do Telessaúde, realizou, nesta quarta-feira, 10, uma tele-educação com o tema “Monkeypox: Aspectos Clínicos, Vigilância e Diagnóstico Laboratorial”. A webpalestra foi voltada a profissionais de saúde da rede pública e privada, com a participação de 124 municípios de 10 estados brasileiros.
O conteúdo da ação foi ministrado por profissionais de saúde da rede estadual, que explanaram sobre a doença, cuja ação envolve a etapa do plano de contingência estadual. A Saúde Estadual já trabalha com os gestores e coordenadores da Atenção Primária à Saúde (APS) e Vigilância em Saúde e promoveu essa discussão com a rede assistencial, com o objetivo criar fluxo e alinhar alguns conceitos. De acordo com a SES, é necessário acessar os profissionais da assistência, sejam eles médicos, odontólogos, enfermeiros, técnicos, etc, para que todos estejam atentos ao momento atual, para detectar casos e, oportunamente, colher as amostras.
Na oportunidade, foi citado que ainda não há casos confirmados, mas há casos suspeitos, além de outros diagnósticos diferenciais importantes no território. Para tanto, é necessário que a rede esteja atenta a esses casos suspeitos – que podem ser monkeypox –, para colher exames, para que os profissionais e a população não sejam surpreendidos com a explosão de casos. Também foi destacada a necessidade de detectar o caso precocemente, para orientar o isolamento para que, de fato, haja um controle na disseminação do vírus no estado.
Com o aumento de casos no mundo, a monkeypox tem sido uma doença de transmissão interpessoal, ou seja, o contato pessoa a pessoa. Durante a webpalestra, também foi esclarecido que a maioria das ocorrências no mundo têm sido de casos leves a moderados, com a taxa de internação muito baixa e poucos óbitos. Segundo os especialistas, esses óbitos estão mais relacionados a pessoas que estão em algum tipo de tratamento que imunodeprime ou desnutrição grave, mas, no geral, a maior parte trata em casa, e a principal orientação é o isolamento, para evitar disseminação.
Entre os assuntos abordados, estiveram: histórico da doença; conceitos; epidemiologia; evolução anual dos artigos publicados sobre monkeypox no PubMed; linha do tempo; transmissão, manifestações clínicas; frequências de sinais e sintomas entre casos confirmados na Nigéria (2017-2018); diagnóstico laboral; fluxo assistencial; prevenção e controle; e medidas imediatas adotadas pelo Ministério da Saúde. Também foi abordada a perspectiva da Vigilância; características das lesões; caso suspeito, caso provável e caso descartado; o que fazer diante de um caso suspeito; rastreamento e monitoramento de contatos; algoritmo de classificação de casos da monkeypox e cenário epidemiológico em Sergipe. Além dessas temáticas, também foi feita uma explanação sobre coleta, armazenamento e transporte de amostras.
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