O Projeto ImunizaSus foi tema de discussão na manhã desta quinta-feira, 03, durante as atividades do 8º Congresso Norte-Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, que acontece de hoje até sábado, 05, no Centro de Convenções de Sergipe. Uma oficina específica para essa temática foi realizada, com o objetivo de discutir dificuldades e desafios dos gestores em relação à ampliação das coberturas vacinais de crianças, jovens, adultos e idosos.

O assessor técnico do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e coordenador da oficina, Flávio Álvares, explicou que as discussões estarão centradas no recorte Norte-Nordeste da pesquisa nacional do Projeto ImunizaSus, que levanta as questões mais relevantes e os desafios da imunização no território nacional. “O objetivo é abrir uma conversa com as especificidades destas duas regiões para que a gente possa atuar de maneira mais acertiva e a partir de um ponto de vista mais próximo à realidades do Norte-Nordeste”, enfatizou.

À mesa da oficina para facilitar o debate esteve a secretária de Saúde de Porto Velho (Rondônia), Eliana Pazini, para quem dialogar sobre imunização tem uma importância grandiosa. “Precisamos discutir profundamente o Projeto ImunizaSus para que, assim, possamos resolver os problemas que enfrentamos hoje, principalmente com a falta de cobertura vacinal e a volta de algumas doenças. Precisamos realmente aproveitar aquilo que a gente tem de bom no país que é o nosso Programa de Imunização para fazer as vacinas cheguem a todas as crianças, adolescentes, adultos e idosos”, observou.

Assistência Farmacêutica

O grupo de trabalho da Atenção Farmacêutica reuniu gestores da saúde para discutir políticas específicas para a área. O farmacêutico Elton da Silva Chaves, foi o facilitador e explicou que há um grupo técnico de trabalho com representantes de todos os Conselhos de Secretários Municipais de Saúde (Cosems) do Brasil, onde há discussões sobre as informações da Coordenação Nacional do SUS.

“É um momento de levarmos as discussões técnicas do Grupo de Trabalho de Ciência e Tecnologia, seja na formulação de políticas, seja em nova portaria ou discussão de recursos. Os debates são finalizados com um posicionamento técnico-político dos dirigentes do Conasems”, disse.
Elton destaca que o grupo teve uma participação muito ativa nas estratégias de distribuição centralizada de medicamentos durante a pandemia da Covid-19. “O grupo pôde intermediar junto ao Ministério da Saúde e programar um quantitativo de compras externas, via Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), para atender a necessidade de cada Estado”, salientou.

Atenção Primária

O fortalecimento da Atenção Primária à Saúde esteve em debate durante todo o dia desta quinta-feira de congresso, no Teatro Tobias Barreto. Coordenando a mesa de discussão, a vice-presidente do Cosems Piauí e vice-presidente do Conasems região Nordeste, Leopoldina Cipriano Feitosa, informou que desde 2017 que o conselho nacional tem buscado fortalecer a Atenção Primária e discutir esse fortalecimento com os demais entes federativos. Para isso, criou um plano de ação que contemplou, entre outras atividades, uma escuta com os gestores da saúde de todas as macrorregiões do país para saber sobre desafios, dificuldades e o que precisavam para tornar a Atenção Primária mais forte.

Na mesa desta quinta-feira, o resultado da escuta foi apresentado, com a pontuação das questões mais relevantes, entre elas, a necessidade de integração da Vigilância em Saúde com as demais áreas técnicas; melhorar e integrar os sistemas de informação; integração dos programas Saúde Mental e Saúde da Família, tendo em vista ainda serem frágeis os dispositivos de saúde mental, conforme destaca Leopoldina Feitosa.

Participante da mesa de debate, a assessora técnica e responsável pelo Núcleo da Atenção Primária do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Saúde (Conass), Maria José Evangelista, falou sobre os desafios da Atenção Primária à Saúde (APS) no período pós-pandemia; fez uma retrospectiva da Atenção Primária, partindo do ano de 1920, quando o Brasil começou a pensar em sistemas integrados de saúde; mostrou avanços e o quanto ainda se precisa conquistar na APS. “Precisamos crescer muito mais, principalmente na Educação Permanente, para que nossos profissionais sejam constantemente aperfeiçoados”, disse.

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