O Crai Sergipe é o primeiro do Norte e Nordeste e o segundo do Brasil

Há um ano, o  Centro de Referência no Atendimento Infantojuvenil de Sergipe (Crai), anexo da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES) foi inaugurado para acolher crianças e adolescentes, até 17 anos, vítimas de violência sexual. O Crai, que passou a funcionar em 6 de dezembro de 2022, segue avançando na proteção e acolhimento de vítimas de violência sexual, realizando atendimento em único lugar, evitando a exposição da vítima a diversos ambientes.

O Crai Sergipe é o primeiro do Norte e Nordeste e o segundo do Brasil com espaço físico e assistência qualificada, exclusivamente para este público. Desde a inauguração até novembro de 2023, a unidade realizou 1.725 atendimentos médicos, 2.132 atendimentos com  psicólogos, 458 com o serviço social, 1.218 atendimentos com ginecologista, entre outros.

O secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, salienta a importância do serviço para a população sergipana. “O Crai é um centro com serviço de excelência, dentro dessa linha de cuidado que é uma preocupação do nosso governo. Dessa forma, realizamos um cuidado humanizado e acolhedor, buscando promover, em parceria, uma assistência completa, evitando a exposição das nossas crianças e adolescentes”, reforça.

A superintendente da maternidade e coordenadora do Crai, Lourivânia Prado, destaca que o serviço é desafiador. “Hoje, oficialmente estamos completando um ano de serviço em um espaço físico desafiador, com novos processos de trabalho e ampliação de uma assistência voltada a um público que precisa do nosso fortalecimento. Somos a esperança para muitos, damos resoluções, não só de saúde, mas de todo apoio em seu contexto social e familiar”, disse .

De acordo com a assistente social do Crai, Ingrid Lima, o fluxo da Rede Estadual de atendimento às pessoas em situação de violência sexual vem sendo redesenhado para um melhor cuidado à população usuária do serviço de saúde. “O intuito é acolher cada uma das vítimas, respeitando a faixa de idade e as características sociais”, explicou.

O Centro funciona porta aberta, ou seja, atende as pessoas que chegam à unidade relatando a violência, bem como recebe usuários encaminhados pelo Conselho Tutelar, delegacia de polícia, Ministério Público ou qualquer órgão de saúde, educação ou afins. Além disso, em casos crônicos sem emergência, as unidades agendam atendimento com especialista.

Segundo a psiquiatra do Crai e da MNSL, Ana Salmeron, o trabalho de saúde do Centro envolve uma equipe multiprofissional composta de médicos, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. “Qualquer profissional do Crai observando que a criança ou o adolescente apresenta sofrimento mental do qual não consegue controlar ou uma situação aguda grave como muito choro, muita ansiedade, muita agressividade com os pais; o profissional faz o acolhimento e o encaminhamento para a psiquiatria. Marcamos consultas frequentes, procuramos falar com os pais e acompanhantes ou cuidadores para orientar a fazer o seguimento de tratamento do caso, seja aqui no Crai ou na rede SUS do território onde o paciente reside. É um tratamento com diversos profissionais”, disse. 

O Crai é uma parceria da Secretaria de Estado da Saúde (SES) com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o Ministério Público do Estado de Sergipe (MPE) e, mais recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju.

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