A tarde desta segunda-feira, 21, foi repleta de emoção com muitas histórias inspiradoras. Em celebração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, o governo do estado promoveu um grande evento no Centro Especializado em Reabilitação – CER IV, que reuniu pessoas com a síndrome, familiares e gestores em atividades como exposição de pinturas e fotografia, recitação de poemas e homenagens.

Além de marcar os avanços e ações realizadas pela gestão, o evento foi pensado para mostrar o protagonismo das pessoas com a Síndrome de Down, as conquistas, bem como promover a reflexão sobre o tema: O que significa a inclusão? A ação foi realizado pelo governo do Estado, por meio das secretarias de Saúde, Educação e Inclusão Social, e teve como apoio a Associação Sergipana dos Cidadãos com Síndrome de Down (CIDOWN) e Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência e Altas Habilidades, que no evento entregou o Selo de Acessibilidade Sergipana e Título de Cidadão Inclusivo. No evento também ocorreu uma roda de conversa.

A vice-governadora, Eliane Aquino, destacou a necessidade do protagonismo e reconhecimento dos talentos das pessoas com deficiência. “A Inclusão não é só uma palavra, a inclusão é fazer essas pessoas se sentirem respeitadas. Não queremos apenas que esses meninos consigam espaços dentro das salas de aula, queremos que eles passem pela escola, sejam incluídos e saiam de lá com algo na vida”, disse.

A secretária de Estado da Saúde, Mércia Feitosa, destaca que a junção de todas que se engajaram na data, permitiu um evento tão grandioso. “Falar sobre Síndrome de Down é dizer a sociedade que existe e que temos que ter um olhar diferente…é conseguir enxergá-los com capacidade. A reflexão que temos que fazer é: eu sou inclusiva? Tenho atitudes ou apenas palavras? Temos que sair do discursos e partir para a atitude. Precisamos avançar cada vez mais”, disse a secretária.

O Presidente do ConSer, Antônio Luiz dos Santos, conduziu a entrega do Selo de Acessibilidade Sergipana e Título de Cidadão Inclusivo às instituições e pessoas que fazem ações efetivamente em favor da pessoa com deficiência. O selo de acessibilidade foi entregue a representantes do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho e Tribunal de Contas do Estado.

A referência técnica estadual de Políticas para a Pessoa com Deficiência da Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social, Socorro Lobato, opinou que a data deve ser lembrada sempre pela sociedade. “Precisamos cada vez mais publicizar esses eventos para que possamos ter mais parceiros para lutar pela causa”, disse.

A representante da Associação Sergipana dos Cidadãos com Síndrome de Down, Rita de Cássia Matheus, salienta que a data representa a conscientização dos direitos das pessoas com Síndrome de Down, entretanto relata que gostaria de ver a visibilidade da data todos os dias do ano. “Esse ano temos como tema da campanha a indagação do que é inclusão. Temos um arcabouço legislativo muito grande, desde a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, temos a constituição que tem a mais de três décadas e hoje ainda discutimos o que é inclusão. Nós temos a lei brasileira de inclusão que é uma lei que garante direitos, mas que estamos o tempo todo lutando pela efetividade dessas leis. Hoje não precisamos de leis, mas sim de políticas públicas para tornar efetivo todos esses direitos”, enfatiza

Sobre o Dia Internacional da Síndrome de Down, a Referência Técnica em Saúde Mental da SES, Alynne França, que além de profissional de saúde é mãe de três crianças, sendo uma com a síndrome, destaca que o tema escolhido neste ano é totalmente pertinente. Para ela, a inclusão é muito mais do que prestar um serviço, é oportunizar possibilidades dessas crianças se desenvolverem e se tornarem adultos produtivas. “Fui presenteada com dois milagres. São os meus gêmeos Bernardo e Guilherme e o Guilherme tem a Síndrome de Down, nessa caminhada também tenho a Helena, três filhos maravilhosos. O Guilherme vem para nos ensinar diariamente o quanto de habilidade o ser humano precisa para desenvolver de fato. No campo da saúde, nosso maior desafio é a estimulação precoce, é a identificação desses bebês que nascem com a Síndrome de Down, e que podem ter acesso a toda rede de atenção que está aí disponível para as principais terapias”, disse Alynne França.

A representante da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura, Lilian Alves, enfatiza que a educação vem trabalhando incansavelmente para que a educação especial, enquanto modalidade de ensino, ganhe os recursos técnicos e humanos para que, de fato, seja efetivada nas escolas. “A Seduc Sergipe vem trabalhando para implementar na Rede Estadual de ensino ações inclusivas, que não somente garantam o acesso de nossos estudantes em nossas escolas, como também permita esses estudantes o processo de desenvolvimento, garantindo os seus direitos de cidadão”, finaliza.

Atividades

Natália Rodrigues, 17 anos, é uma pessoa com síndrome de Down; a jovem expôs suas fotografias no evento. “Amo fotografar a praia. Estou muito feliz em estar aqui”, disse com alegria, a integrante do Galera do Click, um projeto que trabalha a fotografia com as pessoas que têm a síndrome. Além dela, outros integrantes abrilhantaram o evento.

Flávia Oliveira, 33 anos, expôs lindos quadros de paisagens. “Comecei em 2014 a pintar. Amo todo tipo de arte, dança do ventre, pintura”, conta com alegria. A mãe de Flávia, Clarice Oliveira, conta com orgulho que a filha é uma artista. A senhora disse que os talentos da filha sempre foram apoiados pela família, inclusive ela também começou a pintar para apoiar Flávia.

Alice Paes Silveira, 17 anos, também marcou presença no evento e se destacou com a linda leitura do do Poema “Onde Nasce um Poema”, de Allan Dias Castro.

Foto: Flavia Pacheco

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