O projeto ‘Insulinadiamor’ foi criado para minimizar os danos ambientais e ressocializar pessoas privadas de liberdade

As canetas para aplicação de insulina usadas, que antes eram devolvidas no Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case) e descartadas no lixo, agora passam por um processo de reciclagem e são transformadas em canetas esferográficas. A iniciativa do projeto ‘Insulinadiamor’ é da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Secretaria de Estado da Justiça (Sejuc).

O secretário de Estado da Saúde, Walter Pinheiro, destacou a importância do projeto para o processo de ressocialização e para o meio ambiente. “Ficamos felizes em fazer parte do ‘Insulinadiamor’. Temos um volume expressivo de canetas usadas, porque os pacientes precisam devolver para pegar novas”.

O professor do Departamento de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe, Lysandro Borges, explicou que, após a esterilização das canetas de insulinas, elas são enviadas para o Presídio Feminino (Prefem) e, quando prontas, as canetas esferográficas são comercializadas e o valor é revertido para a compra de novas agulhas. “Dentro da universidade, pensamos em estratégias, patenteamos a desmontagem da caneta de insulina e a criação da caneta de insulina reciclável e esferográfica. Já realizamos o projeto há cinco anos. Além disso, vendemos essa caneta por cinco reais. Com o dinheiro arrecadado compramos agulhas para canetas de insulina e doamos ao Case”, disse o professor.

Internas do Presídio Feminino realizam o trabalho de desmontar a parte interna da caneta e colocar a carga de uma caneta esferográfica. O trabalho, além de minimizar os danos ambientais, tem como objetivo ressocializar pessoas privadas de liberdade. Duas mulheres realizam o processo de reciclagem e, a cada três dias trabalhados, é reduzido um dia na pena.

Foto: Flávia Pacheco

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