Material montado manualmente serve para atrair mosquito fêmea que depositam seus ovos

O uso de armadilhas ovitrampas para capturar ovos do mosquito do Aedes aegypti é uma ferramenta de pesquisa que auxilia nas ações de revisão e qualidade do trabalho feito pelos municípios na prevenção e combate à dengue. A instalação do material,pode ser solicitada junto ao serviço de Entomologia, do Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen).

“As ovitrampas são preparadas em pequenos vasos de planta preta, preenchido com água parada, em palhetas, e adicionado o atrativo biológico bacillus thuringiensis israelensis, que simula o ambiente ideal para procriação do Aedes.

Nesse local as fêmeas dos insetos são atraídas pelo eucatex, onde depositam seus ovos, que posteriormente são coletados antes de eclodirem em mosquito. Esses ovos são encaminhados ao Laboratório Central, onde os técnicos farão a contagem e identificação da espécie do mosquito.

A partir do resultado da pesquisa das espécies, os dados estatísticos passarão a compor índices analisados através dos seguintes dos índices de Positividade (IPO), de densidade vetorial (IDV) e Densidade de Ovo (ID0), fundamentais para ajustar os valores do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), que tem como objetivo mapear e direcionar ações de controle do mosquito em Sergipe.

O biólogo do serviço de Entomologia do Lacen, Gustavo Barreto Passos, informou que o trabalho junto aos municípios para mapear a infestação vetorial acontece durante o ano inteiro. “A dengue é uma doença de notificação obrigatória, e quando casos são confirmados e os índices de infestação do Aedes estão baixos, sobe um alerta nas vigilâncias epidemiológicas, que solicitam o trabalho de instalação de ovitrampas”, explicou.

Parceria

A instalação de armadilhas atende solicitação dos municípios, responsáveis por mapear a área urbana ou rural onde será feita a montagem. “Esse trabalho é realizado em parceria com os agentes de endemias da localidade, que nos acompanham até as residências onde orientamos os moradores sobre todos os procedimentos”, salientou Marta Maria Montes Leão, bióloga do Lacen.

Pesquisa

De janeiro a novembro, o Serviço de Entomologia do Laboratório Central de Saúde Pública realizou sete instalações de armadilhas distribuídas nos municípios sergipanos. O trabalho tem como objetivo promover a pesquisa de controle da densidade do mosquito, para reunir informações das áreas com suspeita de alta proliferação do Aedes aegypti, corrigir dados da doença no estado, além de possibilitar a pesquisa com ovos que podem ser guardados por anos.

Fotos: Ascom SES

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