O objetivo do fluxo de acesso à maternidade é favorecer a organização da porta de entrada do serviço de urgência obstétrica da unidade

A gestão da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) está realizando apresentação do novo fluxo de acesso à maternidade nas reuniões dos Colegiados Interfederativos Regionais (CIRs) para os gestores de saúde dos municípios sergipanos. O principal objetivo dessa ação é regular o atendimento das gestantes de alto risco, já que a MNSL é referência para partos de alto risco do estado.

As gestoras da MNSL, a superintendente Lourivânia Prado e a gerente da Admissão Angélica Aragão, estão participando das reuniões mensais dos CIRs, que são espaços de pactuação entre os gestores municipais de saúde, para apresentar o novo fluxo de acesso à maternidade. Os CIRs estão ligados ao Colegiado Interfederativo Estadual (CIE), órgão da Secretaria de Estado da Saúde (SES), onde são discutidas todas as ações do Sistema Único de Saúde (SUS) de Sergipe com os secretários municipais de Saúde e representantes do Ministério da Saúde em Sergipe.

Lourivânia Prado explicou que a MNSL apresenta nas reuniões, a importância do fluxo para regular as pacientes que devem chegar à maternidade, uma vez que muitas ainda vêm dos municípios de forma espontânea e isso não deve ocorrer. “Com o fluxo, existe um formulário específico de regulação, por meio do Núcleo Interno de Regulação (NIR) ou Central de Regulação de Urgências (CRU) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), em que as pacientes devem chegar de forma regulada. Não devem chegar espontaneamente e nem encaminhadas sem o impresso específico, que é um formulário para uso próprio da regulação e para o contato prévio de onde ela vem”, explicou.

Segundo a gerente da Admissão, Angélica Aragão, o fluxo foi implantado no dia 2 de outubro, mas ainda não houve uma redução significativa no número de atendimentos do risco habitual. “Nós ainda atendemos, em outubro, 40% de pacientes de risco habitual. Dessas, muitas precisam ficar internadas porque elas evoluem em trabalho de parto e não temos tempo hábil para transferi-las para outras maternidades. Mas a importância maior é direcionar conforme a comorbidade da gestante para que ela seja atendida aqui, somente se for de alto risco, que é o nosso perfil”, informou, acrescentando que é necessário que os gestores e servidores municipais saibam quais as comorbidades que devem ser atendidas na MNSL.

O objetivo do fluxo de acesso à maternidade é favorecer a organização da porta de entrada do serviço de urgência obstétrica da unidade, como também das internações obstétricas e neonatais, garantindo acesso com qualidade às mulheres no período gravídico puerperal e aos neonatos, ambos de alto risco. Sendo assim, impacta positivamente nos indicadores de morbidade e mortalidade materna e neonatal de Sergipe.

Rede

A Rede Materno-Infantil de Sergipe está composta por nove maternidades (cinco públicas e quatro filantrópicas). Três maternidades estão situadas na capital e seis estão localizadas nos municípios sede de cada região de saúde (Estância, Itabaiana, Lagarto, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora do Socorro e Propriá). Sergipe tem sete Regionais de Saúde: Aracaju (com 8 municípios), Estância (10), Lagarto (6), Itabaiana (14), Nossa Senhora do Socorro (12), Nossa Senhora da Glória (9), Propriá (16).

Fotos: Ascom SES

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