Intuito é fortalecer a rede básica no atendimento especializado para mulheres

Visando ampliar e garantir o acesso das mulheres aos métodos contraceptivos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da  Diretoria de Atenção Primária à Saúde (Daps), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), realizou nos dias 6 e 7, uma capacitação para qualificar os médicos da Atenção Primária à Saúde (APS), sobre consulta ginecológica, com ênfase na inserção do Dispositivo Intrauterino (DIU) de cobre. 

Fazer o acompanhamento total da saúde da mulher é a função do médico da família. Antes, muitas mulheres acabavam perdendo a oportunidade de fazer o uso dos anticoncepcionais de longa duração, porque não faziam a inserção na própria Unidade Básica de Saúde (UBS), foi o que afirmou a  médica da família que participou da capacitação, Emanuelle Andrade. “Realizar esses procedimentos na APS nos aproxima mais da população e consequentemente contribui para uma melhor assistência”, disse.

A enfermeira especialista em inserção de DIU e referência técnica da Saúde da Mulher da DAPS, Elline Alves, pontuou que a programação tem a duração de dois dias para que os profissionais possam ter uma parte teórica e prática. “Com 25 profissionais da APS abrangendo 18 municípios, a capacitação visa fortalecer e ampliar o acesso das mulheres aos métodos contraceptivos de longa duração, para auxiliá-las no planejamento reprodutivo”, informou. 

Método eficaz

O DIU é uma pequena estrutura colocada no interior da cavidade uterina, por meio de um procedimento simples e sua eficácia chega a 99%. O dispositivo apresenta como principal vantagem ser um método contraceptivo de longa duração, podendo ser mantido na cavidade uterina por até doze anos, a depender do fabricante. Ainda de acordo com a médica Emanuelle Andrade, o DIU de cobre também pode ser utilizado como uma Anticoncepção de Emergência (AE). “Em casos de violência sexual, por exemplo, podemos fazer a inserção do DIU de Cobre, ao invés de utilizar uma pílula do dia seguinte, que possui um alto índice de contraindicações e efeitos colaterias. O DIU deve ser inserido em até cinco dias após a relação desprotegida”, explicou.

Além de ser um método de longa duração, o DIU  não interfere na relação sexual e nem no processo de amamentação. Também pode ser utilizado por mulheres de qualquer idade e não afeta a fertilidade. Com a capacitação, há um fortalecimento da Atenção Primária e, consequentemente, mais probabilidade de diminuição da taxa de mortalidade materna e gestações não planejadas.

Fotos: Flávia Daniela

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