A ação envolveu os 75 municípios sergipanos para a definição de fluxos e protocolos para atenção às crianças, adolescentes e mulheres em situação de violência

Com o intuito de qualificar o atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), através do Núcleo de prevenção de Violências e Acidentes (Nupeva), realizou nos dias 25 e 26 de outubro, uma oficina orientada para criação do fluxo de violência interpessoal/autoprovocada contra crianças, adolescentes e mulheres. A oficina foi voltada para coordenadores da Atenção Primária à Saúde e da Vigilância Epidemiológica.

 A ação, que teve a parceria da Fundação Estadual da Saúde (Funesa), envolveu os 75 municípios sergipanos com temáticas voltadas para a definição de fluxos e protocolos para atenção às crianças, adolescentes e mulheres em situação de violência a fim de garantir a qualidade das discussões e confortos de todos. 

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, a ação tem o objetivo de qualificar cada vez mais os atendimentos voltados para qualquer tipo de violência. “É muito importante estar trabalhando e qualificando os profissionais do Sistema de Saúde de forma mais integrada aos hospitais que atendem as várias formas de violência”, destacou. 

 Em Sergipe, o Centro de Referência no Atendimento Infantojuvenil (Crai), presta atendimento humanizado para crianças e adolescentes nos diversos serviços disponibilizados, como no atendimento às vítimas de violência, gestantes e puérperas. A unidade atua de forma integrada, com assistência médica e de diversas áreas, como as ações desenvolvidas pelo serviço social, que é responsável por notificar os órgãos competentes quando há violações de direitos ou riscos para esse público.

A consultora do Ministério da Saúde (MS), Cheilla Lima, atua na área de Agravo de Violência e Incidentes, e marcou presença na oficina orientada, destacando o papel do país no enfrentamento da violência em todos os seus aspectos. “Foi pactuado nos últimos anos, o Plano de Dant que possui o compromisso em reduzir os índices de violência no país. Então, a nossa missão é fortalecer as políticas públicas e dar respostas efetivas à sociedade para a redução da morbimortalidade por acidentes e violências”, salientou a consultora. 

O serviço do Crai foi inaugurado com atendimento multidisciplinar com psicólogos, assistentes sociais, médicos ginecologistas e profissionais de enfermagem para que os usuários possuam uma assistência especializada e humanizada.  

 Para a psicóloga Ana Almeida Costa, que esteve presente no evento, a oficina é fundamental para discutir os fluxos de atendimento. “Acredito que esse momento serviu para me capacitar enquanto profissional em situações de violência com os encaminhamentos necessários, notificações e documentos que serão preenchidos para que o usuário tenha o melhor acolhimento”, destacou Ana. 

 Já a coordenadora de Vigilância em Saúde do município de Pedra Mole, Tamires Carvalho, contou que o momento é de suma importância para a qualificação profissional. “Foi uma ação de aprimoramento para levar mais conhecimento para o nosso campo de trabalho. É um tema extremamente necessário e que requer uma atenção redobrada para que possamos ter ações devidas para um bom resultado e evitar tais ocorrências”, disse.

Fotos: Flávia Pacheco

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