A capacitação tem por finalidade aprimorar ainda mais as técnicas de captação de órgãos em Sergipe, com experiências de outros estados do Brasil

Com o objetivo de capacitar profissionais de saúde na participação do processo de doação e transplantes com maior expertise, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) promoveu na manhã desta sexta-feira, 15, o segundo encontro das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante de Sergipe (CIHDOTT). O primeiro ocorreu em 1º de janeiro deste ano.

Segundo a coordenadora da Organização de Procura de Órgãos do Estado (OPO), Darcyana Costa Lisboa, o encontro tem por finalidade aprimorar as técnicas de captação de órgãos em Sergipe com experiências de outros estados do Brasil, a exemplo de Bahia e Ceará. “O objetivo é capacitar os envolvidos e atualizar as normas e protocolos que envolvem todo processo de morte encefálica e melhorar a captação de órgãos e o acolhimento familiar em nosso estado. Nós trouxemos especialistas da Bahia e Ceará, que são da área de acolhimento familiar, negativa familiar e faturamento”, pontuou a coordenadora.

A coordenadora do Banco de Olhos do Ceará, Lisiane Paiva, foi uma das palestrantes do evento, e destacou a importância de compartilhar as experiências com o estado de Sergipe, já que o Ceará está há sete anos com a fila de transplantes de córneas zerada. “A gente tem um trabalho pioneiro com o IML, em que conseguimos zerar a fila de transplantes de córneas. Esta é a proposta: dar a nossa experiência, compartilhar e multiplicar esse trabalho, para que possamos diminuir a fila de espera e dar a oportunidade da sociedade doar”, disse.

O psicólogo Fabrizio da Silva Góes, da Organização de Procuração de Órgãos (OPO) da Bahia, falou sobre a parceria entre os dois estados e pontuou como importante o processo de comunicação em situações críticas. “Essa é uma conversa sobre comunicação dos aspectos gerais e dos aspectos específicos, que envolvem a comunicação em situações críticas, também entendida como ‘más notícias’, ou seja, falar sobre o acolhimento das famílias, como é esse acolhimento e sobre como abordar a entrevista familiar para a doação de órgãos”, explicou.

Doação de órgãos

Um doador de órgãos pode chegar a salvar, em média, oito pessoas. Se também for doador de tecidos, uma só pessoa pode ajudar até 50 receptores. 

Em Sergipe, o número de doadores cresceu 15% neste ano em relação a 2022, mas ainda há um longo caminho a percorrer para que a fila de transplantes seja zerada.




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